Poesias

A INJUSTIÇA

Roberto Ribeiro De Luca

Mudou-me a vida próspera, asseada.
Ignorou provas - mais de cem - expostas
em nefando processo. Educada
com peitas - aff ! - , sorriu a alguém, de costas!

Fundamentos inventou, saneando
o insaneável. Certo prazo deu
às traças, com a pena do desmando.
Para o cartório o bom azo: “É teu!”

Fiel ao opróbrio, justa qual Caracala
(há um vulto infernal a acompanhá-la),
a leviana causou-me enjoo, vasca.

Da decisão final a cruz, recurso
do apostema em pus na ação em curso.
E o ínvio Tribunal: “Deixa o mal sem casca!”