MÁGICA
Roberto Ribeiro De Luca
Qualquer avatar, transformação, num instante
escora o imaginário no espaço
libertário, faz o coração de aço
arredar o mal em viagem cativante.
Anum-preto, beija-flor, gavião, arara.
Vai e vem que não cai, adejo alto, pulsou.
Quando surgiu coxim deleitoso...ai ai ai... ou
areias cor de fogo, a aura já aumentara.
Mágica do azougue! A chave consistiu
em doar-se à vida sem fronteiras. Vozerio
vulgar nas feiras parecia melopeias...
Espiralou-se assim a ave ao vento olente.
Num vórtice mental, intenso, de repente,
foi ela o alimento de ousadas centopeias!