A MESSE
Roberto Ribeiro De Luca
Ninguém no mundo é de ouro e para sempre.
Tua bela história já passou, não volta mais...
Que é do orgulho havido no teu ventre?
Vazou solto, imundo? Virou marulho ao cais?
Outrora, eras carne lúbrica e arrogância.
Agora, és vapor em frágua coruscante.
Quem me dera aplacar-te a dura ânsia
com flores, música e água pura, refrescante!
Insonte, o clamor dos justos pelo ar ecoa,
derrama orvalho hialino sobre olmos altos.
A voz funérea do anjo peregrino entoa
canção elegíaca, séria; sinos plangentes
despertam gritos, estertor e sobressaltos...
Messe demoníaca! Ranger de muitos dentes…