IMPERFEIÇÃO
Roberto Ribeiro De Luca
Certos versos não têm métrica,
rimas raras e sonantes.
São dos breus a luz elétrica,
fios sem capa aquecem antes.
Versos bárbaros, com efeitos.
Que imensos paradoxos!
Tão extensos, imperfeitos...
Rios com dínamos... e nossos!
Somos todos desiguais,
seres ímpares, diversos.
As palavras fulgem mais
se expõem sutis reversos.
Quanto maneio num braço
campeiro! Tanta bravura!
Cem mil reses eu abraço,
sou vaqueiro sem paúra!